sábado, 12 de junho de 2010

Simbolismos


Meus olhares marginalizados esbanjam refeições de derrotas.São esferas estrábicas,simples,talvez conhecendo novas formas de mundos,pedindo simbolismos desta grande e momentânea paz.
Confindenciam mui ali e distintamente;puras sombras...E quando necessário for,desabafos em piscadelas na tristeza merecida. Perpasso os calcanhares em quarteirões quinhentistas, com suas mirradas flores casuais morrendo pétalas,cantinhos de janelas que nunca me darão cheiros.
Eu me transcrevo nas ruas ou carros,espanto o noticiamento vago de:milhares de cartazes sem imagens,sinais que nunca darão verde,vendedores ambulantes nas calçadas,pichações,mendigos sustentando cédulas,sátiros gastantes,garrafas esquecidas em mesas,o mundo em si que me observa e nunca me dará conselhos.
As ruazinhas estão encharcadas de violinistas encantadores.Ruazinhas estranhas que brotam suas belas sonatas na vida incomum.Convido tantos desejos,ora com esses desejos e que me vá...Vinhos tintos secos amanhecidos nos bistrôs e se sabe o resto...Esperando às dez da manhã e em nada me calo.Nunca soube explanar meus preparativos de erros,nunca fui convicto.Tenho histórias singulares que nunca agremiaram poesia,e me falta o calor de fotografias, de divãs que tenho certeza que nunca deitarei.Desjejum,sossêgo e mornidão dos peregrinos flagelados... Isto me abre os anoiteceres desconhecidos!E dos fornecimentos de mentiras a alma vale!Fiquei várias noites sem dormir...E tua mensagem nunca chegou,tive que buscá-la abruptamente e sem perdões.Toda alma sabe!
O correr das pernas escravizadas causa imensos dilemas!Aquele ansiar de pernas escravizadas que o cansaço sabe responder bem! Nestes tantos e inúmeros temas que a passagem das pernas atravessam e não curam.Na dura friagem do tempo que causa e reflete!No meu intervalo segmentado de dias,de meu comando de vozes e rosto opaco que nada responde,apenas se funde e nem grita,só isso...Eu não pude reconhecer meus próprios vícios, e das sobrantes pedras solitárias atirei uma a uma na água bonita.Me cercando em montes que não vingam o vermelho vivo da tarde morta.
Trabalho e me faço igual aos outros,já sem domínios;puro esquema prefaciado.Arrastando os sapatos nos classificados, nos papeis velhos que prendem à sola.Me sinto zumbi como os demais...Errante e grotesco na estranha cortina da manhã que me cai como bomba de insultos. Talvez esta força andante pudesse compreender meus melhores cenários,mas em nada veio e se foi...Eu só sei o que não quero, e nem quero pensar nisso agora!Não respiro criação de ideais e nem santos.Não ligo pro moderno,nem vou eternizar pilhas na minha cuca,não morrerei louco numa camisa de força.Só penso em corromper-me por todas as estações de outuno,apenas isso!Traço uma rotina antiga de pesquisas, em giroscópicas tomadas rápidas de lugares,como que assinando agressivo todas as minhas pausas errantes, distribuindo meus vários pedaços de pinturas impressionistas que totalizou direções...E quando me percebo mais coerente,não sou mais cores...Mais sim; a própria harmonia presente...

Nenhum comentário: