sexta-feira, 14 de março de 2008

Morada de águas


Basta um sopro vago,qualquer coisa de teu perfume querida
Que me reabra surpresas,que pesquise minhas comoções mais transcendentes
E me arrancarei a ganhar o mundo sem descaso de perdas
Sem determínios de caminhos,tudo eu farei
Nos afeitos planaltos profundos do obscuro
No cego abismo errante, que me espera sem ponte
Por ti,brigarei com minhas sombras,com meus pântanos irradios que libertei
Porque quando me regresso de histórias,festejo eloquente
Na minha chegada que tu autografas sem fala,os lábios sabidos
E me navego tão fácil para os teus mitos
Envolvendo-me nas tramas de tuas essências incertas,do que tua boca me afana maiores travessias
Nos cabelos brincarei povoante, contando todos os meus desvarios
Abraçando-te sem prazo, dizendo teu nome sem improvisos
livremente crescido,no teu sabor mais próximo do imo

Manhã folgazã que teu desejo me veste

Resistência dividida nas labaredas dos sexos

Meu refrigério me convocou outras reuniões de ti

E nem percebi quando o chão virou limbo

Tão absurdo de tuas águas não consegui virar anfíbio

E nas tuas perdidas camadas esparsas;entre ondas,não pude dar um grito

Me afoguei em redundâncias,sem julgamentos,sem poder declarar-te meus sonhos de menino

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