terça-feira, 16 de março de 2010

Fagulha adversária

Abertamente dizendo em tipologia oposta, eu não estou habitado mesmo para o mundo.Deveria haver aquém necessidades: (vida).Algo "adiante"- sem espiral de "às vezes"surgindo.Eu não convivo,sou metafisicamente chato demais pra isso.Se não existisse tanto haver de poeira removida,se não dedicassem desnecessárias músicas incivilizatórias,mais agitação nestes difíceis burburinhos que não contempla o físico.Meu sotaque pesado e orgulhoso de narrações cai participante,não se toma assim tão distante,investido por dobradiças que não abrem e pedem,nem por flâmulas que não se adestram aos ventos.Talvez meu alarde possa se dissipar sem esforços,como areia fina de deserto.E passar dias num banco acontecido,sem a sombra parcial de lançar cordas no comum.Sem abraçar ressacas de labores,nem conseguir saborear patrocínios pessimistas.Eu não sou artista,não tenho castidade e coragem de resolver o inusitado.Tão distante poderia olhar,correr,encerrar a imbecilidade faroéstica,beijar o chão de dúvidas,acordar gabinetes de políticos. Mais o que quero mesmo,é apenas manter meu cínico humor clandestino.Deixo esta ponte para os reacionários que apressam paciências.Para o rebeldes que sabem aliar o vislumbre da adrenalina com o desejo,para os loucos que conhecem a possibilidade do amor.Nunca entendi afirmar isso,mas nenhuma carícia foi atirada na bolha compreensível de meus sentimentos,a oferta de meus discos não foram tocadas no palco,e sabe lá a obviedade e contumácia destes despertares que implodem, sequer com ruídos hospedeiros...Minha geração do discordar e dos sulcos sem tamanho nos intelectóides imóveis,do controle universal procurando canais até a segunda ordem,de casas sem nirvanas(latitudes de pobreza espiritual).
Se temos técnica refinada,ou passagens de crônicas executivas?!Estamos diante da via-crucis omissiva,sem casamentos,sem escritório,filando cafés num sol esquivo.Sem sabermos qual fonte,e isto nem mais importa;a fome medonha de suas cotas impede-nos de ampliar!E secamos como um câncer renitente,sem preço de cura! Sonhando símbolos ou datas,no corre-corre turbilhonado dos valores de força.De caretices invisíveis bombardeadas por mandões ministeriais.Queremos desesperar,preparar novas malhas de reprovação,mas quem sobrevive pra contar, as moedas??

Um comentário:

Tati disse...

Jordan, o que é isso?! Uma compilação quase traçoiera de parágrafos [in]delicados sobre o superficial da vida?! É força contra o que é pouco e se faz grande?! É a cor que se esconde de preto e branco?! É renúncia aos maus hábitos de conviver e não viver?!

Li, reli. Seus textos nunca me são suficientes em uma única leitura. Eles exigem de mim cuidado. Pra te ler. Pra te degustar em pequenos goles.

E como sempre: clap, clap, clap!

Beijos.