terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Selton Mello esbanja talento e cinismo sarcástico, ao retratar em‘Meu nome não é Johnny’ a vida do traficante que não se dizia bandido.


Assisti a algumas semanas atrás, no cinema; o filme “Meu nome não é Johnny”, que tinha previsão de lançamento para este quatro 4 de janeiro do ano de 2008. Seria uma adaptação bem sucedida do livro homônimo do jornalista Guilherme Fiúza.Que tive oportunidade de comprá-lo num sebo ao ar livre,no largo da Carioca,e acreditem;pagar uma bagatela de r$1,00;quando nem pensavam em recontar a história de João Guilherme Estrella para a cortina dos cinéfilos de plantão.
Em matéria de procurar livros baratos, confesso,sou chatíssimo pra isso;rodo sebos e sebos até me contentar com determinado preço e conteúdo.. Jovem de classe média carioca, sujeitinho sempre carismático e inteligente para muitos,João virou rei do tráfico de drogas da zona sul do Rio de Janeiro nos anos 90.
Selton Mello encara o papel de traficante,com genialidade e bom humor,temperando de forma artística, a verdadeira natureza de justificativas do protagonista que;ainda vivo,pôde colher elementos supresa para o vivenciamento do papel ficar ainda mais realístico.Enquanto que o diretor Mauro de Lima,traçava seu concentramento de fotografia e imagens por trás das câmeras;riqueza e luz sensíveis alteram todo o quadro de personagens.Delicadeza, tragédia e emoção, são pontos fortes da trama.
A trilha sonora também rouba a cena,com músicas de Lobão e Titãs por exemplo.E festas regadas à bebibas e drogas consentidas em sua casa.Que enfocam o espírito bon-vivant de ser.João se dizia traficante, mas nunca bandido.
Não se sabe pela própria facilidade de seu crescimento,ou seus contatos cada dia mais gritantes,acabou por fim entrando no circuito internacional do contrabando de drogas, e com tal resposta a polícia federal chegou ao seu encalço.O protagonista realça o seu grande auge quando assumia viagens luxuosas; até sua verdadeira decadência de dois anos de sofrimento numa prisão. Filme polêmico que diverge e encara ainda mais o papel das drogas na sociedade, e com tal efeito;suplemento de discussões na mesa de bar.

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