
Seu olhar inverossímil e doce somava veneno,ela ia curiosa,vasculhante.
Ia sem demora na sua residência estranha e perfumada. As retinas firmes à tiracolo lhe guiando contumaz,gravando a beleza confidente dos músculos da vítima;reinando nas particularidades da ossatura.Os caninos aduncos,fortes,provocativos-avançavam com gosto latente,na severidade de seus fantasmas- na surpresa única de validar o ferir íntimo,a alma degenerativa, a saliva em que nada lhe sobrava na língua tensa.
E tinha medo e tinha sofrimento,não sabia nada dela e ela parecia lhe girar tanto a mente.
E tinha medo e tinha sofrimento,não sabia nada dela e ela parecia lhe girar tanto a mente.
O cantar hipnotizante incomodava,chamativo,aflito,como vitral nascido e ofuscante; refletindo toda e qualquer cerimonialidade das graças sensuais,queria respirar e não podia,ela lhe cantava exasperável à porta da alma.
O discurso solitário de observações se manteve assim,por muitos e muitos instantes,sem receio de boca.Não entendia ou até tentava entender,o gosto de planos que ela insolente, lhe alimentava falar.E se despedia de seus oposicionismos assim, vislumbrando aquela mulher mal iluminada,que ficava lá; capturando sua essência mais caprichosa,a libido intolerante que trabalhava,o tempo verbal de suas lágrimas que afloravam com o outuno.Sabia que estas rodovias de ilusões andarilhas:devorariam as preces domésticas,os trópicos que esnobou quando mais novo,os vermutes que dizimaram lucidez;as sentenças de mentiras que manchou tanto seu espírito...Não conseguia declarar voz para tv,para o rádio,para o presidente da república.Com os pulsos atados se perguntava:Me diga,como se pára,este sofrer??Nada ali lhe decretava socorro pra liberdade,e gritar já não lhe valia;gritar...Pra quem?...Matava sua alquimia friamente,seus blocos de lembranças derradeiros,enlaçava seu caminhar criando cela .Só entendia de cama,mas quando a matéria era o coração,morria seca,como um bom cubano no cinzeiro.E perseguiu todos os seus limites,seus maços de cigarros,a miséria de seu brochar nos lençóis.E foi um cometa luminoso nas suas mãos,cauda de serpente que sutilmente se perdeu para outras poeiras cósmicas,sem ter dado a única precisão de quem era sua personagem...
O discurso solitário de observações se manteve assim,por muitos e muitos instantes,sem receio de boca.Não entendia ou até tentava entender,o gosto de planos que ela insolente, lhe alimentava falar.E se despedia de seus oposicionismos assim, vislumbrando aquela mulher mal iluminada,que ficava lá; capturando sua essência mais caprichosa,a libido intolerante que trabalhava,o tempo verbal de suas lágrimas que afloravam com o outuno.Sabia que estas rodovias de ilusões andarilhas:devorariam as preces domésticas,os trópicos que esnobou quando mais novo,os vermutes que dizimaram lucidez;as sentenças de mentiras que manchou tanto seu espírito...Não conseguia declarar voz para tv,para o rádio,para o presidente da república.Com os pulsos atados se perguntava:Me diga,como se pára,este sofrer??Nada ali lhe decretava socorro pra liberdade,e gritar já não lhe valia;gritar...Pra quem?...Matava sua alquimia friamente,seus blocos de lembranças derradeiros,enlaçava seu caminhar criando cela .Só entendia de cama,mas quando a matéria era o coração,morria seca,como um bom cubano no cinzeiro.E perseguiu todos os seus limites,seus maços de cigarros,a miséria de seu brochar nos lençóis.E foi um cometa luminoso nas suas mãos,cauda de serpente que sutilmente se perdeu para outras poeiras cósmicas,sem ter dado a única precisão de quem era sua personagem...
11 comentários:
A solidão é angustiante (eu não saberia viver só!), e tem sentimento que parece engasgar... sinceramente acredito que o exercício literário nos faz experimentar sentimentos que já foram nosso, sentimentos alheios, dores que não sentimos, dores que fingimos sentir.
Saudades de você, poeta maldito!
E como vai a vida aí no Sul?! E a sua amada, como vai?!
Neste feriado vou gravar uns filmes pra vocês... tenho certeza que vai gostar. (com a garantia de quem sempre recomenda "O que fazer em caso de incêndio", risos!!!)
Beijos. Se cuida.
apenas gritar...
alguém sempre escuta!
gostei de algumas músicas do seu blog.
felis páscoa
Mulher da ilha é solidão
É espera do vapor da madrugada
É aroma de milho em mesa de pão
É pio de milhafre, alma assombrada
Mãe em ninho feito de frias pedras
Por duras mãos cheias de jeito
Não sei se de ti brota um morno leite
Ou escorre rubra lava do teu peito
Uma Santa Páscoa
Abraço
que delícia ver sentimento derramado em palavras!
Delirei com a saliva em que nada lhe sobrava na língua tensa.
Mas quem? Vou ter que te linkar pra saber o resto
Visite meu blog de escritos: sentidoabsurdo.
trraduziste tão bem o que muitas vezes sinto...
beijo grande!
que bom que vc gostou da 1° dica.eu postei mais outras dicas para blog.
boa semana pra ti e espero que tenha aproveitado o feriado
bjos
AMEI! Acho que todas nos podemos nos identificar com seu texto. Lindo.
ps - Adorei ser recebida por Belle & Sebastian :) Muito legal ter a musica na primeira faixa (rs)
p.s.: tem resposta pra ti lá no blog... aliás, não resisti em postar aquele curta novamente.
(aaaaaaaaaa, eu adoro vir aqui e ouvir se supetão essa música do Belle... aaaaaaaaaaaaaaa)
hahaha prefere Anos Dourados, ne? Vc. eh um romantico!
beijo grande.
...pois, já não passarei sem vir por aqui...e não fumo!.. mas adoro café.
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